Sou uma observadora nata das pessoas, dos lugares, das coisas do cotidiano... Sorrio, choro, me emociono, me deixo levar pelo mar de sentimentos que a vida tem a oferecer... Às vezes chata, às vezes insuportável, mas, às vezes, uma flor de pessoa, amável e delicada. Sou uma constante inconstante.. Sempre mais do mesmo, mas o mesmo diferente a cada dia... Quando tudo parece perdido, despedaço-me e renovo-me como a natureza para sentir-me novamente forte... Sou menina moleca, mãe dedicada, mulher serena, rebelde sem causa, despida de preconceitos e pré-noções... Sou um misto de várias coisas por aí que fazem de mim, simplesmente, Aline.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Quisera eu saber escrever


Quisera eu ter o dom Machadiano ou Dostoievskiano da escrita para poder externar todo o amargor pestilento absorvido pelo convívio em uma sociedade doente. 
Quisera eu aliviar-me em palavras e esquecer por um momento o quão apodrecidos estão alguns corações, que perecem entorpecidos pelo ódio e pela falta de respeito ao próximo. 
Quisera eu abster-me das angústias que consumo dessa sociedade corrupta e inescrupulosa, guiada como rebanho cego, que só aponta erros e não olha para si própria. 
Quisera eu, num momento de libertação, transcrever para um papel toda a aflição que me inflama o ser e grita por paz e menos julgamentos vazios.
Quisera eu escrever sem ser vista com estranheza, mas como um ser que tem uma alma ardente de desejo de equidade e justiça. 
Quisera eu escrever e fazer com que o outro sinta toda a súplica de uma alma que clama fervorosamente por dias mais amenos.

(Aline Teodosio)

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