Cheiro de mato e chuva. As águas benditas que caem trazem de volta o verde do sertão, que reluz feito ouro aos olhos de sua gente. Pássaros saem em revoadas triunfantes, bailando e cantando harmoniosamente. No pasto o gado come tranquilamente, enquanto dois cachorros brincam numa algazarra incontrolável. A chuva que cai faz a alegria dos porcos, que se deleitam preguiçosamente nas poças de lama que se formam. Na sala da casa simples do sertanejo um gato magro rola de lado para o outro entertido com um pequeno novelo. E as quatro crianças ao redor, alvoroçadas, inventam todo tipo de brincadeiras fantasiosas e divertidas, enquanto os adultos cuidam dos afazeres domésticos e plantam o sustento com sorrisos no rosto.
Chuva é a vida retornando, é a vida renascendo, é a vida florescendo, é a vida brotando, é a vida seguindo...
Chuva, não pare de cair no meu sertão. Deixe essa gente simples viver.
Chuva, não pare de cair no meu sertão. Deixe essa gente simples viver.
Aline Teodosio..